As business capabilities expressam de maneira estruturada as atividades que a empresa realiza para atingir os resultados de negócio desejados.
Criar um modelo de capacidades de negócio demanda da arquitetura uma visão holística em relação a todas as dimensões que cercam este modelo de gestão. Trata-se de um modelo no qual muitas empresas buscam adotar, entretanto não sabem como, tão pouco possuem um nível de maturidade quanto a sua utilização.
Implementar este modelo remente a necessidade do uso de ferramentas de arquitetura corporativa, isto porque, o valor das capacidades para análise de cenários estratégicos está justamente na rastreabilidade no qual estas ferramentas oferecem. É possível criar mapas e documentar as lacunas presentes em cada dimensão, entretanto isto se tornará um modelo estático e com baixa capacidade de reuso.
Não quero aqui apresentar um modelo exaustivo quanto as dimensões de uma capacidade, entretanto entendo que 12 dimensões são suficientemente e por consequência complexos de mapear.
Responsável/Owner: define quem é o responsável pela capacidade, por aprovar e avaliar as mudanças que podem em suas dimensões e como elas podem impactar na capacidade
Objetivo de negócio e indicadores estratégicos: corresponde a necessidade de vincular os objetivos estratégicos e indicadores de um BSC (Balanced score card) ao mapa de capacidades, não se restringe apenas ao BSC e pode ser aplicado a qualquer outra ferramenta de gestão estratégica
Serviços: quais serviços de negócio dependem da capacidade
Demandas de negócios: é possível vincular as demandas de negócios às capacidades que serão impactadas
Históricas de usuários: para projetos ágeis, é possível vincular histórias as capacidades
Propósito e contexto: uma descrição sobre o porquê a capacidade existe e qual seu valor e relevância para a organização
Dados / Informações: a arquitetura de dados poderá ser vinculada as capacidades
Pessoas: pessoas ou áreas envolvidas na execução da atividade
Processos de negócios e indicadores de performance: sendo o coração da gestão por capacidades, se faz necessário vincular os processos que operacionalizam a capacidade
Sistemas e Tecnologias: fundamental a arquitetura de TI vincular os sistemas e tecnologias que dão suporte as capacidades
Investimentos, custos e riscos: outra dimensão que poderá ser mapeada e vinculada aos projetos estratégicos que tocam na capacidade
As complexidades de uma capacidade estão no entorno, em suas dimensões. Entretanto este modelo permite abstrair tais complexidades. Neste contexto, você como arquiteto corporativo, poderá criar um mapa de calor das capacidades, mostrando através de uma análise de gaps quais são as capacidades críticas, aquelas com maior valor estratégico e que demandam investimentos devido as lacunas presentes em suas dimensões.
Por: Daniel Rosa
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